Um grupo de estudantes protestou contra desvios de verba para a merenda,
contra o fechamento de escolas e reivindicou melhores condições de
educação na manhã desta terça-feira (22), na região de Pinheiros, zona
oeste de São Paulo, informou a Polícia Militar. A passeata terminou às
13h10 na Rua Cayowaá, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET).
Os manifestantes se concentraram na estação Butantã do Metrô por volta
das 7h. Às 8h20 seguiram em passeata pela Avenida Vital Brasil, Ponte
Eusébio Matoso e Avenida Brigadeiro Faria Lima, segundo a CET. A Avenida
Faria Lima chegou a ficar temporariamente fechada no sentido Itaim
Bibi.
Depois, os manifestantes seguiram pela Avenida Pedroso de Morais, pela
Rua Teodoro Sampaio e pelas ruas Cristiano Viana e Heitor Penteado, até
alcançarem a Cayowaá.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que os alunos
protestam contra a "máfia da merenda". A Secretaria informou ainda que a
diretoria de ensino está à disposição para atender os estudantes e que
todas as escolas tiveram aula normalmente nesta terça-feira.
Desvios na merenda
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de São Paulo investigam um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda de prefeituras e do governo do estado. O tamanho do desvio ainda não foi identificado, mas as suspeitas recaem sobre contratos feitos com creches e escolas públicas de ao menos 19 cidades nos últimos dois anos.
A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual de São Paulo investigam um esquema de fraude na compra de alimentos para merenda de prefeituras e do governo do estado. O tamanho do desvio ainda não foi identificado, mas as suspeitas recaem sobre contratos feitos com creches e escolas públicas de ao menos 19 cidades nos últimos dois anos.
Segundo o promotor de Justiça Leonardo Romanelli, no centro do esquema
está a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), que está baseada
em Bebedouro. Contratos entre a cooperativa e órgãos públicos eram
forjados e os preços dos alimentos, adulterados.
A estratégia veio à tona durante a “Operação Alba Branca” dia 19 de
janeiro, quando seis pessoas, funcionários e dirigentes da Coaf, foram
presas em Bebedouro investigadas por envolvimento na fraude.
O dinheiro da propina - que variava entre 5% e 25% do total do valor
dos contratos - vinha do superfaturamento dos produtos. Os valores eram,
boa parte das vezes, pagos em dinheiro. Uma das suspeitas do MP é que o
dinheiro tenha sido usado para dívidas de campanha eleitoral.
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