Diante de tantas histórias improváveis, a fala costuma ganhar
ares de um discurso de superação. Mas é preciso ver além. Nesta
quarta-feira, uma
imensa festa quis quebrar barreiras. Em uma celebração às diferenças, os
Jogos
Paralímpicos do Rio de Janeiro tiveram início sob um único lema: o
coração não conhece limites. Ao passar a ideia de que, mesmo diferentes,
somos iguais, a cerimônia
de abertura encheu o Maracanã de beleza, poesia e com o ideal de que
deficiência não se
traduz em inferioridade. A honra de representar um país ainda longe de
ser inclusivo
coube a Clodoaldo Silva. Ao mudar a imagem do movimento paralímpico do
Brasil
com uma carreira de conquistas, o nadador se tornou gigante. Nesta
noite, ao
acender a pira dos Jogos, carregou a mensagem de urgência em busca da
inclusão.
A festa desta quarta dá início à maior competição paralímpica
do planeta. No total, são 4.314 atletas, de 159 países, na disputa de 23
modalidades. A cerimônia não contou com a presença do presidente do
Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, ausente em razão da
cerimônia de luto de seu compatriota Walter Schell, ex-presidente da
Alemanha Ocidental de 1974 a 1979, que morreu no último dia 24 de
agosto, aos 97 anos. Michel Temer, presidente do Brasil, esteve presente
no Maracanã e foi alvo de protestos e vaias ao abrir oficialmente os
Jogos.
no lançamento de dardo, a atleta gingou pelo
Maracanã com a bandeira do país e foi a responsável por guiar a
delegação brasileira pelo estádio. Outra marca da festa foi a comovente
cena da ex-atleta Márcia Malsar que, de bengala, caiu com a tocha e se
reergueu sob muitos aplausos do público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário