O Comando Nacional dos Bancários
rejeitou a proposta de reajuste nominal de 7% para os salários e
benefícios apresentada hoje pela Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban). Segundo nota divulgada pelo Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região, os trabalhadores consideraram o valor
apresentado pela Fenaban “insuficiente”.
Uma nova negociação deve ocorrer na
próxima terça-feira, 13, às 13 horas. De acordo com o sindicato, até lá a
greve está mantida. A categoria organizou ainda uma assembleia para
discutir os rumos da paralisação na segunda-feira, 12, às 17 horas.
“Além de apresentar perda real nos
salários, a proposta não dialoga com questões fundamentais, como
condições de trabalho e emprego. No primeiro semestre, 25% das
negociações conquistaram ganho real, mesmo em setores muito menos
lucrativos do que os bancos”, afirmou a presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. Segundo ela,
“o setor mais lucrativo do País” negou as principais reivindicações da
categoria com o argumento que a economia esta incerta.
O sindicato estima que a adesão à greve
que em São Paulo, Osasco e região chegou a 50 mil trabalhadores nesta
sexta-feira, quarto dia de paralisação. A greve atinge 890 locais de
trabalho, sendo 17 centros administrativos e 873 agências, que ficaram
fechados hoje, ainda de acordo com a entidade.
A categoria reivindica reajuste salarial
de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação
acumulada de 9,31%. Além disso, o sindicato pede o pagamento de três
salários mais R$ 8 297,61 em participação nos lucros e resultados, bem
como a fixação do piso salarial em R$ 3.940,24.
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