A partir de janeiro de 2018, o
consumidor de energia poderá optar por uma conta de luz com preço
flexível. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta
terça-feira, 6, o prazo para início de operação da chamada “tarifa
branca”. Trata-se de um novo regime de cobrança, que vai permitir que o
consumidor deixe de pagar um preço único pela energia que consome
diariamente. Em vez disso, haverá uma tabela de preços que vão oscilar
conforme o horário desse consumo.
Em horários de pico, normalmente no
início da noite, o consumidor que aderir ao novo modelo pagará um preço
maior pela energia que aquele cobrado por uma conta convencional. Nos
demais horários, porém, o preço de sua energia ficará mais barata que o
modelo tradicional, com descontos médios de 10% a 20% sobre a tarifa.
Esse tipo de recurso já é oferecido hoje
para grandes consumidores. Com a proposta, a Aneel espera desafogar
horários de pico causados pelo consumo doméstico, ao diluir a demanda
diária por energia.
O Inmetro já aprovou um novo medidor que
poderá ser adotado pelas distribuidoras de energia. Segundo o
diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a expectativa é de que sete
medidores sejam aprovados nos próximos 12 meses.
Não haverá custo ao consumidor que
quiser aderir à proposta, e a distribuidora terá prazo de até 30 dias
para atender à sua solicitação. O usuário também poderá retornar ao
modelo tradicional de cobrança e consumo, quando desejar.
Nem todos terão acesso a partir de
janeiro de 2018 ao novo modelo. A adesão à “tarifa branca” será
inicialmente oferecida para unidades de consumo com média mensal de 500
kilowatt/hora (kWh) ou novas ligações solicitadas às distribuidoras.
Quem tiver consumo entre 250 kWh e 500 kWh poderá aderir a partir de
janeiro de 2019. Em janeiro de 2020, a alternativa passa a ser oferecida
para consumidores com média até 250 kWh, faixa na qual está a maioria
da população. Em média, uma família brasileira tem consumo de 150 MWh. Via Estadão Conteúdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário