A proposta de emenda constitucional (PEC) do teto de gastos públicos
prevê que o salário mínimo – que serve de referência para mais de 48
milhões de pessoas no Brasil – deixará de ter aumento real, ou seja,
acima da inflação, se o limite de despesas fixado pelo governo for
superado.
Esse possibilidade consta do parecer do relator da PEC, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), já aprovado na comissão especial sobre o assunto.
Esse veto ao aumento real (acima da inflação) permaneceria até que as
despesas retornassem aos limites previstos "não se restringindo apenas
ao ano subsequente ao descumprimento do teto", segundo o texto.
Para entrar em vigor, a proposta ainda precisa passar pelos plenários
da Câmara e do Senado Federal, em duas votações em cada casa.
Se aprovado, o teto de gastos valerá por 20 anos, ou seja, até 2036.
Com isso, o aumento real do salário mínimo só poderá ocorrer nesse
período se o limite de despesas do governo não for superado.
Projeto da equipe econômica da ex-presidente Dilma Rousseff também previa que o reajuste real do mínimo poderia ser vetado no
futuro, mas somente em último caso. Antes disso, de acordo com a
proposta, uma série de gatilhos seria acionada, e o veto ao aumento do
mínimo acima da inflação seria o último passo para tentar trazer as
despesas de volta ao limite anual.
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