Oito
em da dez municípios brasileiros têm menos de um quarto de alunos do 9º
ano do ensino fundamental aprendendo o adequado à sua série em
matemática, segundo levantamento do movimento Todos pela Educação. Em
2005, o número era nove em cada dez cidades (95,7%) e agora, em 2015,
caiu para oito em cada dez (85,3%).
Em
dez anos, desde o início da série histórica, é zero a parcela de
municípios com mais de 75% dos alunos do 9º ano aprendendo o suficiente
para a disciplina.
É
a segunda vez que Todos pela Educação faz um recorte sobre o
aprendizado dos alunos a partir dos municípios. Os dados fazem parte do
monitoramento da meta 3 (todo aluno com aprendizado adequado ao seu
ano), realizado com base na proficiência nas avaliações da Prova Brasil e
do Saeb 2015.
O
movimento considera que tem aprendizado adequado o aluno que atinge ou
supera as seguintes pontuações, respectivamente, em língua portuguesa e
matemática: 200 e 255 no 5º ano do ensino fundamental; 275 e 300 no 9º
ano do ensino fundamental; e 300 e 350 no 3º ano do ensino médio.
Em
língua portuguesa houve avanço no índice de aprendizado dos alunos do
9º ano desde 2005. Em dez anos, houve uma grande migração de municípios
classificados com “menos de 25% do aprendizado ideal” para “25% a 30%.”
Porém, ainda são poucos os que atingem indicadores acima de 50%.
Entre
as crianças do 5º ano, o resultado foi mais satisfatório: caiu o número
de municípios com menos de 25% dos estudantes com aprendizado adequado e
aumentou os que estão na faixa de 50 a 75%.
O
5º ano também avançou em língua portuguesa. O levantamento mostra que o
número de municípios brasileiros com menos de 25% dos estudantes com
aprendizagem adequada na disciplina despencou 48,9 pontos percentuais na
última década. Eram 62,6% em 2005, agora, em 2015, são 13,7%.
Para
Ricardo Falzetta, gerente de conteúdo do Todos pela Educação, o Brasil
precisa aprender com esta primeira etapa da educação básica, onde
nota-se avanços. “Como, por exemplo, melhorar a transição entre um
professor polivalente [que leciona todas as disciplinas] para um modelo
em que são sete professores diferentes para cada disciplina. Melhoramos
no acesso, mas não isso, não basta, há os desafios da qualidade e cada
etapa da educação exige um olhar específico.” Via g1.
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