O número de linhas de celular ativas no
Brasil continua em queda: nesta quinta-feira (19), a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) divulgou que as operadoras encerraram 13,7
milhões de linhas móveis ao longo do ano de 2016 – redução de 5,3% na
comparação com dezembro de 2015. Ao todo, o País tem hoje 244 milhões de
linhas móveis. Na comparação com novembro de 2016, o mês de dezembro de
2016 registrou o fechamento de 4,3 milhões de linhas, em queda de
1,76%.
Há duas principais razões para a queda:
além da crise econômica, há também a chamada redução do “efeito clube” –
quando um mesmo usuário utiliza chips de mais de uma operadora para
aproveitar promoções especiais -, uma vez que houve queda nas tarifas de
interconexão entre operadoras diferentes, e a popularização de
aplicativos de mensagem como WhatsApp e Facebook Messenger.
Além disso, há uma concentração de
desligamento de linhas móveis no mês de dezembro – uma vez que o número
de contas ativas na época é usada como referência para que as operadoras
paguem as taxas do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
A manutenção de cada linha custa às operadoras R$ 13,41.
Operadoras
Nos últimos 12 meses, três operadoras
registraram queda de linhas móveis: Oi (12,32%), Claro (8,8%) e TIM
(4,25%). A Vivo, por sua vez, teve crescimento de 0,7%, encerrando o ano
na liderança do mercado com 73,8 milhões de linhas. Na sequência, vem a
TIM, com 63,4 milhões de linhas, e a Claro, com 60,2 milhões de chips
ativos.
Pós-pago
Outro destaque é o crescimento do
mercado de telefonia pós-pago, que encerrou o ano com 79,4 milhões de
linhas, em crescimento de 8%. Já as linhas de celular pré-pagas caíram
10,75%, com redução de quase 20 milhões de contas, encerrando dezembro
de 2016 com 164,7 milhões de chips ativos.
4G
No que diz respeito às tecnologias
utilizadas pelas linhas móveis, destaque para o amplo crescimento do 4G
ao longo de 2016: nada menos que 136,20%, encerrando o ano com 60
milhões de linhas – em dezembro de 2015, eram 25 milhões.
Outro mercado que cresceu bastante foi o
de chips utilizados em comunicação “máquina a máquina” especial, com
crescimento de 38,3% – esse tipo de conta é utilizada em aparelhos
conectados, na chamada internet das coisas.
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