Em entrevista ao canal Globo News, o governador do Rio Grande do
Norte Robinson Faria, disse hoje (19) que não autorizou qualquer
negociação do Estado com criminosos para conter a crise na Penitenciária
de Alcaçuz. A imprensa havia noticiado que seu Governo estaria
negociando com líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para retirar
da penitenciária os integrantes da facção rival Sindicato do Crime do
RN e pôr fim à rebelião que se estende desde o último sábado.
“Não houve negociação. tanto que PCC me ameaçou dizendo que se eu
retirasse seus líderes tocaria fogo em Natal. Se eu tivesse negociado,
Natal não estaria sendo incendiada”, disse em resposta à jornalista
Maria Beltrão no programa Estúdio i.
Robinson disse ainda que desautorizava qualquer negociação e que
não admitiria no governo auxiliares que, porventura, tenham agido de tal
forma. “Não negocio, não vou negociar, desautorizo e vou demitir se
alguém fizer negociação, contrariando a ordem do governador”, avisou.
Ele relembrou ainda que ao insistir na instalação de bloqueadores de
sinais de telefonia nos presídios do estado no ano passado, recebeu as
mesmas ameaças, mas não negociou e nem recuou na decisão.
O governador também explicou que quando o batalhão de Choque entrou
no presídio ontem recolheu o que pôde, mas as armas continuam sendo
confeccionadas de forma artesanal pelos detentos e poderia haver mais
armas de fogo escondidas. “A ordem foi dada, entramos lá e fizemos ampla
vistoria, mas o presídio está destruído e os presos podem ter escondido
nos escombros. São armas feitas com material da estrutura do presídio”,
disse. Hoje, em novo confronto, facções rivais voltaram a se enfrentar
na penitenciária e se atacaram com armas artesanais e suspeitas de que
até armas de fogo ainda estejam sendo utilizadas. Via Notícias ao Minuto
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