Enquanto
o acordo de delação premiada da Odebrecht não é homologado pelo Supremo
Tribunal Federal, a Operação Lava-Jato avança nas investigações sobre
políticos que receberam propinas da empreiteira. Para apurar se a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) recebeu dinheiro sujo da construtora, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao ministro Teori Zavascki,
relator dos processos do petrolão na Corte, a quebra do sigilo
telefônico da parlamentar. O pedido foi deferido no fim do ano passado.
Gleisi é suspeita de figurar na lista do setor de propinas da Odebrecht
com o apelido “Coxa”. A ex-ministra da Casa Civil teria recebido meio
milhão de reais em dinheiro vivo durante sua campanha para o governo do
Paraná em 2014. Documentos encontrados pela Polícia Federal na sede da
empreiteira relacionam o codinome “Coxa” a um número de telefone e a um
endereço em São Paulo onde funciona a agência Sotaque Publicidade e
Propaganda. O dono da linha telefônica é Bruno Martins Gonçalves
Ferreira, ex-sócio da Sotaque, empresa que era administrada pelo
marqueteiro Oliveiros Domingos Marques Neto, responsável pela campanha
fracassada de Gleisi em 2014.
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