O presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, anunciou nesta sexta-feira (16) que cancelará o acordo entre os
Estados Unidos e Cuba assinado por Barack Obama em 2014.
“Eu estou cancelando o acordo
completamente unilateral da última administração [Obama] assinado com
Cuba”, afirmou Trump em um comício realizado em Little Havana, na cidade
de Miami, tradicional polo de exilados cubanos nos Estados Unidos.
Trump anunciou que reforçará o embargo
contra a ilha e que seu governo adotará novas restrições a viagens de
americanos para Cuba e a proibição para empresas norte-americanas de
fazer negócios com empresas cubanas controladas pelas Forças Armadas do
país latino-americano. O presidente denunciou o que chamou de “natureza
brutal” do regime de Raúl Castro em Cuba. “Em breve alcançaremos uma
Cuba livre”, afirmou o presidente.
Em seu discurso, realizado no Manuel
Artime Theater, que leva o nome de uma das brigadas da fracassada
invasão da Baía dos Porcos, em 1961, Trump explicou como pretende rever a
política de normalização relações com a ilha iniciada por seu
antecessor.
Acompanhado pelo vice-presidente Mike
Pence, por vários membros de seu gabinete, pelo governador da Flórida,
Rick Scott, por congressistas de origem cubana como Marco Rubio, Mario
Diaz Balart e Carlos Curbelo e representantes de da comunidade de
exilados cubanos, Trump disse que os dissidentes José Daniel Ferrer e
Berta Soler, que não foram autorizados a viajar para Miami, “estão aqui
com a gente.”
“Negociaremos um acordo melhor [com
Cuba]”, anunciou Trump, salientando, todavia, que isso será possível
somente no caso ocorram avanços democráticos “concretos”, e a realização
de “eleições livres” e a “libertação de prisioneiros políticos”.
“Quando os cubanos realizarão medidas
concretas, estaremos prontos, dispostos e capazes de voltar à mesa de
negociação do acordo, que será muito melhor “, disse Trump.
“É importante que haja liberdade em Cuba
e na Venezuela”, declarou o mandatário, salientando como Cuba sofre há
“décadas” por causa do regime de Castro, algo que não deve se repetir na
Venezuela.
Trump agradeceu a comunidade de exilados
cubanos por ser a “voz dos sem voz” e disse que eles fazem a diferença
na luta para parar a perseguição do regime contra os dissidentes e para
acabar com a “ideologia depravada” que existe em Cuba. Neste sentido, o
republicano disse saber o que está acontecendo na ilha e lembrar do que
aconteceu, o que o leva a mudar a sua política em relação à ilha. Via G1.
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