Termina nesta segunda-feira (21) o prazo para que beneficiários do auxílio-doença convocados pelo Diário Oficial da União (DOU) procurem o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para agendar nova perícia médica.
Os
beneficiários convocados no dia 1º de agosto são aqueles com os quais o
INSSs não conseguiu entrar em contato por meio de cartas, que, devido
às informações insuficientes ou erradas, foram devolvidas pelo Correios.
Inicialmente,
o prazo de cinco dias a partir da publicação da convocação terminaria
no dia 5 de agosto. No entanto, horas antes do fim do prazo, o
Ministério do Desenvolvimento Social anunciou, por meio de nota enviada à
imprensa, que a data limite estava sendo prorrogada para 21 de agosto.
A prorrogação foi divulgada um dia após a 20ª Vara Federal de Porto
Alegre (RS) conceder liminar favorável à Defensoria Pública da União
(DPU), que pedia que o INSS restabelecesse o pagamento de benefícios por
incapacidade cancelados antes que os segurados tivessem passado por
nova perícia.
Segundo Ana Luisa Zago de Moraes e Thales Arcoverde
Treiger, respectivamente defensores públicos federais no Rio Grande do
Sul e no Rio de Janeiro, beneficiários procuraram o órgão com a queixa
de que não conseguiam agendar a data da perícia pela central telefônica
do instituto e, mesmo assim, estavam tendo seus benefícios suspensos.
Na
ação, os defensores públicos citam nominalmente exemplos de segurados
que, embora só tenham conseguido agendar a perícia para novembro,
tiveram o auxílio-doença suspenso. A liminar judicial tem abrangência
nacional.
Quem recebe o seguro por incapacidade e não recebeu,
pelo Correio, a convocatória para agendar a perícia, deve conferir se
seu nome consta da lista publicada no dia 1º de agosto.
Os
convocados devem entrar em contato com a Central de Teleatendimento do
INSS, no número 135, e agendar a reavaliação. No momento da perícia, o
segurado deve apresentar toda documentação médica que justifique o
recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames.
Caso
o segurado se encontre internado ou enfermo e não puder comparecer à
perícia, deverá pedir a uma pessoa de sua confiança que informe, em uma
agência do INSS, sobre o impedimento. É necessário que esse
representante apresente a identidade do segurado e um documento que
comprove o impedimento. Com isso, ele poderá solicitar uma perícia
hospitalar ou domiciliar.
O não atendimento à convocação ou o não comparecimento na data agendada pode levar o auxílio a ser suspenso ou cancelado.
Até
meados de julho, foram realizadas quase 200 mil perícias em todo o
país. Como resultado, 160 mil pessoas tiveram o benefício cancelado por
não precisarem mais recebê-lo.
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