Nos primeiros dias de 2018, o estado do Ceará registra um recorde
nada desejável. Já ocorreram 200 assassinatos neste ano, uma média de 18
por dia, de acordo com informações publicadas no G1 CE.
Em dezembro de 2017 ocorreram 450 mortes violentas no Ceará e 5.134 durante todo o ano, o mais violento já registrado no Ceará.
Para o presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública falta ao
estado um plano efetivo de segurança para coibir a onda crescente de
violência.
“Nós percebemos que não existe um Plano de Segurança Pública e nós
queremos saber, efetivamente, qual plano é, afinal de contas, nós
estamos chegando ao apogeu, nós batemos todos os recordes”, ressalta o
advogado Leandro Vasques.
A quantidade de homicídios cresceu 50,7% em relação a 2016, quando a
Secretaria de Segurança havia confirmado 3.407 homicídios em todo o
estado.
O maior aumento ocorreu em Fortaleza, com 96,4% mais mortes em 2017
que em 2016; foram 1.978 assassinatos no ano passado e 1.007 nos 12
meses anteriores.
De acordo com o secretário de Segurança André Costa, o crescimento
está relacionado a regiões onde existe a interferência de grupos
criminosos. “O aumento dos homicídios tem sido resultado dessas disputas
de facções criminosas”. Para ele, o estado sozinho não pode dar conta
do problema. “Precisamos que o Governo Federal cumpra seu papel de
financiar a segurança pública do governo do estado.
Até agora, o investimento é feito todo praticamente com recursos próprios”, alegou.
Parceria entre as secretarias da Segurança, Justiça e o Ministério
Público a fim de montar uma força-tarefa para enfrentamento aos grupos
criminosos foi uma das alternativas apresentadas pelo secretário.
“A gente não pode lidar com as organizações criminosas sem conhecer.
É preciso equipar a Inteligência do estado e unir esforços. Precisa
estudar, é o que estamos fazendo, para enfrentar o fenômeno de forma
responsável e correta”, acrescentou França Pinto. A promotora informou
também que a força-tarefa está em fase de elaboração, com reuniões entre
os órgãos.
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