A rede de transporte de passageiros sobre trilhos do Brasil cresceu
0,4% no volume de usuários transportados em 2017 e manteve-se próxima
dos números do ano anterior, com um total de 2,93 bilhões de
passageiros. Os dados estão no Balanço do Setor Metroferroviário de
Passageiros 2017/2018, divulgado hoje (16) pela Associação Nacional dos
Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).
De acordo com o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, o resultado foi alcançado mesmo com a crise econômica e o alto índice de desemprego. “Apesar da crise, nós crescemos. As pessoas não usam o transporte porque querem, mas porque precisam. Setenta por cento das viagens são de pessoas que vão trabalhar e estudar. Com crise, com menos emprego, as pessoas viajam menos”, afirmou.
De acordo com o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, o resultado foi alcançado mesmo com a crise econômica e o alto índice de desemprego. “Apesar da crise, nós crescemos. As pessoas não usam o transporte porque querem, mas porque precisam. Setenta por cento das viagens são de pessoas que vão trabalhar e estudar. Com crise, com menos emprego, as pessoas viajam menos”, afirmou.
Segundo a entidade, a ANPTrilhos,
a expansão da rede foi responsável pela manutenção do número de
passageiros. No ano passado, a rede de transporte de passageiros sobre
trilhos cresceu 30,2 quilômetors, com a inauguração de duas novas linhas
e a extensão de três, ampliando 24 estações de atendimento à população.
Se não contasse com a ampliação da rede, haveria uma queda de 1,2% na
demanda de passageiros.
“Temos 1,064 quilômetros [km] de rede
operacional. Esse número em um país como o nosso é muito acanhado. Se
pegar dois grandes sistemas, são do tamanho do Brasil inteiro”, disse
Flores, citando como exemplo Londres, com 460 km de linhas e Xangai, com
mais de 500 km de linhas de transporte de passageiros. “Precisamos
olhar o que funciona, pegar esse conceito, trazer para cá e ter linhas
estruturantes, se não, vamos ter sempre carro demais, engarrafamento de
mais, gastos demais”, ressaltou o presidente.
O Brasil tem hoje
21 sistemas de transporte sobre trilhos distribuídos em 11 estados,
incluindo metrô, trem metropolitano, VLT (veículo leve sobre trilhos),
monotrilho e aeromóvel. Eles são operados por 14 empresas, das quais
seis são privadas.
O país tem ainda 15 projetos contratados e/ou
em execução de transporte de passageiros sobre trilhos. A previsão da
ANPTrilhos para este ano é de mais 41,3 km em novas linhas e outras 22
estações, mantendo o crescimento registrado no ano passado.
Joubert
Flores defendeu a realização de estudos para aumentar e melhorar o
transporte urbano nos grandes municípios. O Brasil tem 27 regiões
metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, e 13 contam com
sistemas de transporte sobre trilhos.
O presidente da ANPTrilhos disse que isso não deve ser uma guerra “trilhos versus
pneus”, mas ressaltou que os sistemas precisam ser integrados, já que
há regiões em que não se justificam modais de alta capacidade. “O ônibus
é o alimentador, faz a capilaridade.” Para Flores, os modais não podem
concorrer um com o outro, e o planejamento e as políticas públicas
precisam ser eficientes para não diminuir a escala de passageiros em
cada um.
De acordo com Flores, no caso do transporte sobre
trilhos, os benefícios são econômicos, sociais e ambientais. No ano
passado, o número de empregados no setor aumentou 6%, por exemplo. Há
ainda o benefício da revitalização de áreas e organização do espaço
urbano, já que os sistemas sobre trilhos necessitam 20 vezes menos
espaço que outras alternativas de mobilidade. Além disso, há a economia
em termos de emissão de poluentes, consumo de combustíveis, tempo de
viagens e número de acidentes.
O balanço completo e as perspectivas sobre o setor metroferroviário estão disponíveis na página da ANPTrilhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário