A China destacou nesta segunda-feira (16) que sua cooperação com a
América Latina procura igualdade e o benefício mútuo e não envolve
nenhum outro país. A declaração veio como resposta ao secretário
americano de Comércio, Wilbur Ross, que disse na sexta-feira, durante a
Cúpula das Américas em Lima, que para essa região é mais benéfico fazer
negócios com os Estados Unidos. A informação é da EFE.
"A China
compra basicamente matérias-primas e produtos agrícolas da América
Latina, enquanto nós compramos produtos manufaturados. Há mais valor
acrescentado nos produtos que a América Latina nos vende do que os que
eles vendem à China. Assim, acreditamos que (fazer negócios com EUA)
beneficia mais a economia dos países latino-americanos", explicou Ross
durante a cúpula.
"Não temos nenhum problema que explorem as possibilidades com a
China. Nunca pedimos a nenhuma nação que não comercialize com outra,
exceto nos casos sobre os que impusemos sanções, como a Rússia",
sustentou Ross.
Em resposta, a porta-voz do Ministério de
Relações Exteriores chinês, Hua Chuying, afirmou hoje em coletiva de
imprensa em Pequim que "ninguém melhor do que o povo latino-americano
para saber se a China é ou não um bom parceiro cooperativo da América
Latina".
A porta-voz lembrou hoje que a China é atualmente o
segundo parceiro comercial da América Latina e que as companhias
chinesas criaram mais de 1,8 milhão de empregos nesse continente.
Além
disso, a China está "preparada para trabalhar com os países
latino-americanos para expandir o benefício mútuo e a cooperação", disse
Hua Chuying, e pediu que os EUA respeite a vontade desses países, vejam
as relações entre a China e a América Latina de forma objetiva e façam
mais para beneficiar o desenvolvimento da região.
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