O Facebook retirou do ar 2,5 milhões de publicações que foram
identificadas como contendo discurso de ódio no primeiro semestre do
ano. A informação foi divulgada no relatório de transparência da
plataforma, publicado pela primeira vez na semana passada. O documento
traz os resultados das ações de moderação de conteúdo praticadas pela
empresa, como o monitoramento e a exclusão de mensagens publicadas.
A avaliação é feita com base em diretrizes estabelecidas pela
companhia. Segundo elas, discurso de ódio é considerado “um ataque
direto a pessoas com base no que chamamos de características protegidas:
raça, etnia, nacionalidade, filiação religiosa, orientação sexual,
sexo, gênero, identidade de gênero e doença ou deficiência grave”, além
do status migratório. “Ataques” são “discursos violentos ou degradantes,
declarações de inferioridade ou incentivo à exclusão e segregação”.
O Facebook também excluiu 3,5 milhões de conteúdos violentos. Estes
são definidos nas diretrizes como uma mensagem “que exalte a violência
ou celebre a humilhação ou o sofrimento de outras pessoas”. São
permitidas publicações com imagens explícitas em alguns casos mas,
segundo a empresa, “para ajudar as pessoas a gerar conscientização sobre
algumas questões”.
O monitoramento de conteúdo do Facebook identificou e derrubou 21
milhões de conteúdos de nudez ou pornografia. A empresa estima que a
cada 10 mil publicações, entre 7 e 9 traziam algum tipo de conteúdo que
violava os padrões sobre nudez ou pornogafia.
A moderação também busca contas falsas. De acordo com o relatório, no
primeiro semestre foram derrubados 583 milhões de perfis deste tipo. O
número representa 26,5% do total de usuários que a plataforma tem (2,2
bilhões, segundo dados de abril). Contudo, não necessariamente as contas
já existiam. De acordo com o documento, a maioria dos perfis
considerados falsos é excluída minutos após a criação.
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