O cirurgião-dentista Ricardo Gadelha, 44 anos, foi diagnosticado com
poliomielite pouco antes de completar 2 meses de vida. Em meio às
sequelas que a doença deixou, sobretudo nos membros inferiores, ele
garante fazer a sua parte pra que a chamada paralisia infantil não volte
a fazer novas vítimas. Os filhos de Gadelha, Samuel, 14 anos, e Davi,
11 anos, foram devidamente imunizados contra a pólio. “Não quero nem
desejo essa sequela pra ninguém. Filho protegido é filho vacinado. Nós,
pais, temos essa responsabilidade”, reforçou.
A partir da próxima segunda-feira (6), todas as crianças com idade
entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde
para receber a dose contra a pólio e também contra o sarampo. O Dia D de
mobilização nacional foi agendado para o dia 18, um sábado, mas a
campanha segue até o dia 31 de agosto. A meta do governo federal é
imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o marco de 95% de cobertura
vacinal nessa faixa etária, conforme recomendado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o Ministério da Saúde, foram adquiridas 28,3 milhões de
doses de ambas as vacinas – um total de R$ 160,7 milhões. Todos os
estados, segundo a pasta, já estão abastecidos com um total de 871,3 mil
doses da Vacina Inativadas Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina
Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice Viral, que protege
contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.
A campanha de vacinação deste ano é indiscriminada, ou seja, pretende
imunizar todas as crianças na faixa etária estabelecida. Isso significa
que mesmo as que já estão com esquema vacinal completo devem ser
levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço. No caso da
pólio, crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida devem
receber a VIP. As que já tomaram uma ou mais doses devem receber a VOP.
E, para o sarampo, todas devem receber uma dose da Tríplice Viral –
desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
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