Após ações de policiais e fiscais eleitorais em universidades
públicas em várias cidades do país, ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) defenderam a liberdade nas instituições de ensino, sem
citar casos específicos.
Em nota, o ministro Marco Aurélio Mello disse que o saber pressupõe
liberdade: "Liberdade no pensar, liberdade de expressar ideias.
Interferência externa é, de regra, indevida. Vinga a autonomia
universitária. Toda interferência é, de início, incabível".
O ministro acrescenta que fala de "forma geral": "Não me pronuncio
especificamente sobre a atuação da Justiça Eleitoral. Mas reconheço que a
quadra é de extremos. Por isso é perigosa, em termos de Estado
Democrático de Direito. Esse é o meu pensamento".
Já o ministro Gilmar Mendes disse, em São Paulo, que é preciso
"verificar se alguma manifestação desborda daquilo que a lei prevê e o
que é manifestação normal no ambiente acadêmico", de acordo com o jornal
O Globo.
"Temos que lidar com isso com certo espírito de compreensão e de
tolerância. Não são todas manifestações que traduzem manifestação de
apoio. É claro que na esfera pública não pode haver preferência para um
ou outro candidato, mas é preciso lidar com cautela para que não caiamos
em nenhum exagero ou exorbitância", defende.
O ministro Luís Roberto Barroso também se manifestou sobre o assunto à Folha de S.Paulo:
"Não me pronuncio sobre casos concretos. Mas o modo como penso a vida, a
polícia, como regra, só deve entrar em uma universidade se for para
estudar".
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