A experiência brasileira tem mostrado que viradas no segundo turno
das eleições presidenciais são improváveis. Nos sete pleitos concluídos
desde a redemocratização, o primeiro colocado na primeira rodada chegou
ao Planalto.
Não se notaram, ademais, grandes variações nas pesquisas de intenção
de voto nessa fase das disputas. Na mais apertada delas, em 2014, o
tucano Aécio Neves superava numericamente Dilma Rousseff no levantamento
inicial, por 51% a 49%, desconsiderando-se brancos, nulos e indecisos;
acabou derrotado por 51,6% a 48,4%.
Constitui novidade, portanto, o movimento constatado pelo Datafolha
nas preferências do eleitorado nacional desde a semana passada. De lá
para cá, a diferença entre o líder da corrida, Jair Bolsonaro (PSL), e
seu oponente, Fernando Haddad (PT), caiu de 18 para 12 pontos
percentuais.
Na sondagem realizada na quarta e nesta quinta-feira (24 e 25), o
capitão reformado aparece com 56%, contra 44% do ex-prefeito de São
Paulo, no critério que simula o dos votos válidos. Trata-se de dianteira
ainda bastante elevada.
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