Marcelo e Erisson trabalhavam na área de manutenção técnica da unidade e
estavam fazendo a limpeza do aparelho, quando houve a explosão. A
mulher de Marcelo também trabalha coordenando o setor de limpeza do
hospital e foi atingida por estilhaços no momento da explosão.
Maria da Conceição Santos, de 41 anos, passou por cirurgia e está na
UTI se recuperando, mas o quadro é estável. Ela já sabe da morte do
marido e, segundo a direção do hospital, ficou em choque com a notícia.
André Silva, irmão de Marcelo, disse que os últimos planos dele era
concluir a construção de mais um imóvel que pretendia alugar para deixar
o emprego no hospital e viver da renda de aluguéis.
“Foi um choque muito grande para nossa família, porque era um cara
trabalhador que vivia do trabalho para casa e gostava das coisas dele
tudo direitinho. Não temos nem explicação para o que aconteceu. Ele
achava que já estava muito estressante e, como ele já tinha algumas
coisinhas, ia passar a trabalhar para ele mesmo. Cuidar dos aluguéis que
ele tinha, pois ele gostava muito de construir”, lembra o irmão.
A notícia da tragédia também deixou a família do técnico em manutenção
Erisson Guedes muito abalada. A mãe do rapaz ficou em estado de choque
quando foi informada da morte do filho e, durante o velório, teve que
ser socorrida pelos médicos do hospital que prestavam apoio aos
familiares.
O irmão do jovem, Erik Pinheiro Guedes trabalha no mesmo setor onde
houve a explosão, mas não estava de serviço no dia do acidente. Foi ele
quem deu as primeiras instruções e conseguiu a vaga para que o irmão
ingressasse na profissão. Mesmo sem encontrar explicações para o
ocorrido, ele disse que a família não vai tentar procurar culpados.
“Era o sonho dele. Estava muito alegre, feliz com o trabalho. Comprava
as coisas dele e sempre postava e não tinha tristeza. Ele era muito
extrovertido. Fico triste porque eu era o mais velho e quando me casei,
ele ficou e ajudava a mãe. É inacreditável, mas sei que ele foi alegre,
pois trabalhava porque gostava. Não tem como culpar o hospital, é sem
explicação o que aconteceu”, lamentou.
O enterro de Erisson ocorreu às 10h deste sábado no cemitério Jardim da
Paz. Marcelo foi sepultado às 11h no cemitério São João Batista. O
médico Marcos Lima, diretor-geral do hospital, acompanhou os familiares
desde o momento da tragédia.
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