sábado, janeiro 05, 2019

Comoção marca velório de funcionários de hospital no AC mortos após explosão.

O velório de Marcelo Silva, de 44 anos, e Erisson Guedes, de 19, foi marcado por muita comoção neste sábado (5). Os dois morreram após um compressor de ar-condicionado explodir durante manutenção no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, na manhã de sexta-feira (4).

Marcelo e Erisson trabalhavam na área de manutenção técnica da unidade e estavam fazendo a limpeza do aparelho, quando houve a explosão. A mulher de Marcelo também trabalha coordenando o setor de limpeza do hospital e foi atingida por estilhaços no momento da explosão.

Maria da Conceição Santos, de 41 anos, passou por cirurgia e está na UTI se recuperando, mas o quadro é estável. Ela já sabe da morte do marido e, segundo a direção do hospital, ficou em choque com a notícia.

André Silva, irmão de Marcelo, disse que os últimos planos dele era concluir a construção de mais um imóvel que pretendia alugar para deixar o emprego no hospital e viver da renda de aluguéis.

“Foi um choque muito grande para nossa família, porque era um cara trabalhador que vivia do trabalho para casa e gostava das coisas dele tudo direitinho. Não temos nem explicação para o que aconteceu. Ele achava que já estava muito estressante e, como ele já tinha algumas coisinhas, ia passar a trabalhar para ele mesmo. Cuidar dos aluguéis que ele tinha, pois ele gostava muito de construir”, lembra o irmão.

A notícia da tragédia também deixou a família do técnico em manutenção Erisson Guedes muito abalada. A mãe do rapaz ficou em estado de choque quando foi informada da morte do filho e, durante o velório, teve que ser socorrida pelos médicos do hospital que prestavam apoio aos familiares.

O irmão do jovem, Erik Pinheiro Guedes trabalha no mesmo setor onde houve a explosão, mas não estava de serviço no dia do acidente. Foi ele quem deu as primeiras instruções e conseguiu a vaga para que o irmão ingressasse na profissão. Mesmo sem encontrar explicações para o ocorrido, ele disse que a família não vai tentar procurar culpados. 

“Era o sonho dele. Estava muito alegre, feliz com o trabalho. Comprava as coisas dele e sempre postava e não tinha tristeza. Ele era muito extrovertido. Fico triste porque eu era o mais velho e quando me casei, ele ficou e ajudava a mãe. É inacreditável, mas sei que ele foi alegre, pois trabalhava porque gostava. Não tem como culpar o hospital, é sem explicação o que aconteceu”, lamentou.

O enterro de Erisson ocorreu às 10h deste sábado no cemitério Jardim da Paz. Marcelo foi sepultado às 11h no cemitério São João Batista. O médico Marcos Lima, diretor-geral do hospital, acompanhou os familiares desde o momento da tragédia.

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