O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
(Ibama) ainda não iniciou o processo para licenciamento de implantação
da planta piloto de geração eólica offshore, a cerca de 20 km
da costa de Guamaré, no Rio Grande do Norte. O órgão informou ao Portal
No Ar que aguarda que a Petrobras proceda com os procedimentos para
iniciar o processo de licenciamento para a construção de torres eólicas
no Campo de Ubarana, na costa potiguar.
“Embora a Petrobras tenha publicado a entrega dos estudos
ambientais e a solicitação de licença no Diário Oficial da União, a
empresa (Petrobras) ainda não efetuou os procedimentos administrativos
necessários à formalização do requerimento da licença”, informou o
Ibama. O requerimento da estatal data de 4 de outubro, publicado no
Diário Oficial da União (DOU) três dias depois. O Ibama disse ainda que
encaminhou, na última sexta-feira (6), ofício informando à Petrobras os
direcionamentos para a continuidade do processo de licenciamento
ambiental.
Na publicação do DOU, a companhia não detalha o projeto, mas o potencial eólico em alto mar (offshore).
“Instalaremos até 2022 a primeira planta eólica do Brasil em alto-mar,
no polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte. A nova planta, em fase de
projeto, será um piloto e ampliará a nossa capacidade de geração
eólica. A escolha da região não é casual: considerando também o Ceará, o
potencial eólico offshore dos dois estados é de cerca de 140
GW (gigawatts). Isso equivale a mais de dez vezes a capacidade — e 90%
da potência total — instalada hoje no Brasil”, anunciou a Petrobrás ao
apresentar sua planta offshore em agosto de 2018 na nona edição do congresso Brazil Windpower, no Rio de Janeiro.
O Campo de Ubarana foi o primeiro a ser descoberto na bacia potiguar em
operação desde 1976 e a ideia é instalar as torres de geradores ao lado
das plataformas já construídas. Para chegar ao projeto das produção no
mar, foi elaborado um atlas que retratou o potencial eólico nos litorais
potiguar e cearense e foram firmadas parcerias com as universidades
federais do Rio Grande do Norte (UFRN), de Juiz de Fora (UFJF) e do Rio
de Janeiro (UFRJ).
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