O ministro da Economia, Paulo Guedes,
anunciou há pouco que o governo pretende injetar até R$ 147,3 bilhões na
economia nos próximos três meses para amenizar o impacto do coronavírus
sobre a economia e o sistema de saúde. Segundo o ministro, a maior
parte dos recursos vem de remanejamentos, de linhas de crédito e de
antecipações de gastos, sem comprometer o espaço fiscal no Orçamento.
Conforme Guedes, até R$ 83,4 bilhões serão
aplicados em ações para a população mais vulnerável, até R$ 59,4 bilhões
para a manutenção de empregos e pelo menos R$ 4,5 bilhões para o
combate direto à pandemia.
“Vamos cuidar dos mais idosos. Já anunciamos
os R$ 23 bi para entrar em abril e mais R$ 23 bi para maio (sobre
antecipação para aposentados e pensionistas do INSS) e antecipar abonos
para junho (R$ 12 bi)”, diz Paulo Guedes ao falar das medidas para a
população mais vulnerável.
O ministro definiu como prioritárias três
das 19 propostas em tramitação no Congresso Nacional que constam de
ofício enviado na semana passada aos presidentes da Câmara e do Senado. A
primeira é a Proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo, que
descentraliza recursos da União para estados e municípios. A segunda é a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização de Eletrobras, que renderá R$ 16 bilhões ao governo neste ano.
A última proposta considerada prioritária
por Guedes é o Plano de Equilíbrio Fiscal, programa de socorro a estados
pouco endividados, mas com dificuldades financeiras por causa do
comprometimento dos orçamentos locais com servidores.
O ministro citou ainda medidas que já
entraram em vigor, como a liberação de R$ 135 bilhões nos compulsórios –
parcela que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central (BC) –
e as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN) para apoiar a
renegociação de dívidas das empresas e das famílias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário