O
Ministério Público Federal no Rio de Janeiro intimou o senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) a prestar depoimento na investigação que
apura supostos vazamentos da Polícia Federal sobre a Operação Furna da
Onça. Além de Flávio, serão ouvidos os advogados Ralph Hage Vianna e
Christiano Fragoso.
A investigação faz parte do procedimento aberto para apurar
declarações feitas pelo ex-aliado do governo, o empresário e
pré-candidato à prefeitura do Rio, Paulo Marinho (PSDB), de que o filho
mais velho do presidente foi previamente avisado da operação que trouxe à
tona as movimentações atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício
Queiroz, preso nesta quinta-feira, 18. O ex-funcionário de Flávio na
Assembleia Legislativa do Rio foi citado em um relatório do antigo
Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), o que arrastou o então
deputado para o centro de uma investigação criminal sobre suposto
esquema de desvio de salários em seu gabinete, a chamada 'rachadinha'.
Marinho afirma que, segundo relato do próprio Flávio, um delegado da
Polícia Federal avisou das investigações pouco após o primeiro turno das
eleições daquele ano e informou que membros da Superintendência da PF
no Rio adiariam a operação para não prejudicar a disputa de Jair
Bolsonaro (sem partido) no segundo turno.
Em virtude do foro por prerrogativa de função, o Núcleo de Controle
Externo da Atividade Policial no Rio solicitou que o Procurador Geral da
República, Augusto Aras, encaminhe a intimação. Flávio terá 30 dias, a
contar do recebimento, para marcar o depoimento.
O advogado de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, dono da casa onde
Fabrício Queiroz foi encontrado, classificou a revelação de Marinho como
uma 'cortina de fumaça'. Já o próprio Flávio disse a acusação é uma
'invenção' e afirmou que o empresário tem interesse em prejudicá-lo, já
que é seu suplente no Senado Federal.
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