A lei foi alvo de questionamento em uma ação apresentada pelo PSOL e pelo PT, que apontavam dois problemas na Lei Complementar 179/2021: o projeto foi uma iniciativa do Congresso e não do Executivo, e o próprio conteúdo do texto aprovado.
O tema começou a ser discutido pela Corte em junho deste ano no plenário virtual, em que os ministros não se reúnem e votam pelo sistema eletrônico da Corte, mas foi transferido para o plenário presencial após pedido do ministro Dias Toffoli.
Primeiro a votar nesta quinta, Toffoli acompanhou a divergência aberta pelo ministro Luís Roberto Barroso, para quem não é de iniciativa privativa do presidente da República dispor sobre a alteração no funcionamento do Banco Central. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, ao contrário, entende que a lei é inconstitucional porque a iniciativa do projeto deveria ter sido do chefe do Executivo e não de uma das Casas do Congresso.
Além de Toffoli, Barroso também foi seguido pelo ministro Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2020. O ministro lembrou que a autonomia do Banco Central, a exemplo do Federal Reserve (Fed) norte-americano ou do Banco Central Europeu, é requisito essencial para a confiança nas relações internacionais — representando um indicativo de transparência, responsabilidade e governança.
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