A pesquisa se baseou em dados coletados pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), coordenado pelo Inca, e verificou que o Sudeste foi a região onde houve maior diminuição seguido pelo Nordeste (66%), Centro-Oeste (63%), Sul (62%) e Norte (59%).
A médica epidemiologista Liz Almeida, chefe da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse que vários fatores contribuíram para a retração, entre as quais as recomendações do Ministério da Saúde para que as pessoas ficassem em casa e só saíssem em caso de necessidade, não procurassem uma unidade de saúde exceto se estivessem passando mal com sintomas mais graves da covid-19, além do fechamento do comércio.
“Isso afetou, na realidade, todos os atendimentos e, em especial, os atendimentos ambulatoriais. Reduziu muito a procura e, do lado da oferta, houve um problema sério nas unidades, porque foi necessário afastar profissionais de saúde idosos, com comorbidades, gestantes, lactantes. Reduziu a força de trabalho. Teve gente que também adoeceu”, disse a especialista.
Ela também lembra que muitos profissionais de saúde pegaram covid-19, bem como seus familiares, o que provocou um afastamento grande de funcionários nos hospitais. “Na prática, de um lado, os pacientes reduziram a procura às unidades de saúde, alguns foram alertados que não deviam procurar porque aquele tipo de atendimento havia sido suspenso. No final das contas, a gente imaginava que isso ia durar apenas alguns meses, só que a pandemia virou o ano”.
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