Uma novidade da publicação deste ano é o
levantamento sobre a violência contra pessoas com deficiência. Em 2019,
foram registrados 7.613 casos de violências contra pessoas com
deficiência. Esses números consideram as pessoas que apresentavam pelo
menos um dos quatro tipos de deficiência – física, intelectual, visual
ou auditiva.
De acordo com o estudo, foram encontradas taxas elevadas de notificações
de violências contra pessoas com deficiência intelectual (36,2
notificações para cada 10 mil pessoas com deficiência intelectual),
sobretudo mulheres, quando comparadas à população com outros tipos de
deficiência.
Conforme os pesquisadores, essa sobretaxa está associada, em alguma
medida, às notificações de casos de violência sexual. As taxas de
notificações de violência contra as mulheres são mais de duas vezes
superiores às de homens, exceto quando a vítima é pessoa com deficiência
visual.
Em 2019, a violência doméstica representava mais de 58% das notificações
de violência contra pessoas com deficiência. A violência doméstica é
ainda maior para as mulheres (61%).
Quanto à faixa etária, de forma geral, a maior concentração de
notificações é para vítimas de 10 a 19 anos, caindo mais ou menos
gradativamente conforme aumenta a idade. Os autores do estudo destacam
que há mais casos notificados de violência contra mulheres (4.540) do
que contra homens (2.572), exceto na faixa até 9 anos (293 contra 332).
Já em relação aos tipos de violência, a negligência/abandono, presente em 29% dos casos, se concentra entre crianças com até 9 anos (52%) e entre idosos (73% entre pessoas com 80 anos ou mais).
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