O pedido é encaminhado para a Advocacia-Geral do Senado, que deverá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A ideia ganhou força na CPI após Bolsonaro fazer, na live da última quinta-feira (21), menção a uma notícia falsa que associa a vacinação contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Após repercussão negativa, o registro da transmissão foi excluído por YouTube, Facebook e Instagram.
A versão final do relatório da CPI, que pede o indiciamento de Bolsonaro, mais 75 pessoas e 2 empresas por supostos crimes cometidos ao longo da pandemia, será votada nesta terça.
"Por esse motivo, entre os encaminhamentos deste relatório, estará a solicitação à Advocacia-Geral do Senado, para que represente ao STF e ao Procurador-Geral da República, a fim de que promovam a responsabilização do Presidente da República e maneje a ADVOSF as devidas ações cautelares para pleitear a imediata interrupção da continuidade delitiva, garantindo a ordem pública e o resultado útil de eventual futuro processo, por meio da determinação do afastamento do Presidente de todas as redes sociais, para a proteção da população brasileira", afirma o relatório.
O texto diz ainda que, ao propagar notícias falsas e ataques às instituições, Bolsonaro não está simplesmente divulgando uma opinião pessoal. Na avaliação do relatório, Bolsonaro, como presidente da República, dá declarações que têm "natureza de decisão oficial".
"É importante reiterar que a propagação de informações falsas e os ataques às instituições não se limitam à opinião pessoal de Jair Bolsonaro. Ao assumir a Presidência da República, ele assumiu as responsabilidades e atribuições do cargo em que ocupa, de forma que suas declarações têm a natureza de decisões oficiais, que influenciam fortemente a população. Dessa maneira, conclui-se que o Presidente foi ator relevante na propagação de comunicação falsa em massa no que se refere à pandemia de covid-19."
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