A estimativa inicial era de que o protocolo, elaborado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), fosse publicado até o fim de outubro. Havia também a possibilidade de que a entrega do parecer técnico ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fosse adiantada em duas semanas. Esse prazo, contudo, dependia do ritmo de trabalho dos pesquisadores envolvidos.
Além do trabalho da Decit, a pasta deve formar um grupo de trabalho até o fim desta semana que será responsável por avaliar outros indicadores: o cenário epidemiológico a nível nacional e local, os índices de vacinação e a quantidade de leitos disponíveis, entre outros fatores. A liberação, contudo, será escalonada e dividida entre cenários ao ar livre, ambientes e reuniões, entre outros. Além disso, a variante Delta, que levou à explosão de casos em outros países e já é dominante no Brasil, também será considerada.
Para o infectologista Júlio Croda, estados com maior cobertura vacinal e redução expressiva de casos, de hospitalizações e de mortes por Covid-19 já podem considerar o uso facultativo de máscara em locais abertos. O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) cita São Paulo e Mato Grosso do Sul como exemplos.
— A estratégia tem que ser feita por estado, no mínimo, porque existe muita variação entre as cidades e muito fluxo (entre elas). Locais fechados, só quando 90% da população acima de 12 anos estiver vacinada e não tivermos nova variante e nem perda de efetividade da vacina ao longo do tempo, ou seja, se a tendencia de redução de casos, hospitalização e óbitos continuar em momento de queda — pondera o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Sem uma diretriz unificada, locais como Rio de Janeiro e Distrito
Federal estudam tornar o uso facultativo por conta própria. A prefeitura
carioca deve publicar um decreto que flexibiliza o uso da proteção
facial nesta terça, dia em que a Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj) deve votar um projeto de lei que segue a mesma linha.
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