Ontem segunda-feira (03), o promotor de Justiça do Consumidor,
Roberto Senise, reuniu-se com representantes da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF) para propor acordo que manteria as posições da
classificação final do último Campeonato Brasileiro, o que rebaixaria o
Fluminense e impediria o descenso da Portuguesa para a segunda divisão
nacional. A entidade, porém, recusou o acerto, e o Ministério Público
(MP) deve entrar com ação civil pública na Justiça Comum. A proposta era
a última via amigável para resolver a polêmica envolvendo Portuguesa e
CBF, que ainda tinha o Fluminense como parte interessada. Tudo gira em
torno da escalação irregular do meio-campista Héverton, que não poderia
atuar na última rodada do Brasileirão, por estar suspenso, mas ainda
assim entrou em campo contra o Grêmio.
O Ministério Público
entende que o Estatuto do Torcedor deve ser respeitado neste caso por
ser lei federal, e não o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD),
que foi utilizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)
para condenar a equipe rubro-verde. A decisão de punir a Lusa com a
perda de quatro pontos culminaria no descenso da equipe e também foi
imposta ao Flamengo, que viveu situação parecida ao escalar o lateral
André Santos de forma irregular. Assim, o MP defende o artigo 35 do
estatuto, que determina que as decisões tomadas pelos órgãos de Justiça
Desportiva devem ser divulgadas de forma parecida às sentenças dos
tribunais federais, o que, nos dois casos, não aconteceu.
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