O cirurgião Kim Seok-Kwun com um paciente em seu consultório. |
O médico Kim Seok-Kwun em uma cirurgia de mudança de sexo. |
Conhecido como o “pai dos transgêneros sul-coreanos”, o médico Kim
Seok-Kwun desafia os costumes conservadores de seu país. Ele já fez mais
de 320 cirurgias de mudança de sexo em sua carreira – acredita-se que
seja o maior número de operações desse tipo feitas por um único médico
na Coreia do Sul. Cerca de 210 dessas cirurgias foram para transformar corpos masculinos em femininos.
Kim é cirurgião plástico no Hospital Universitário Dong-A, na cidade de
Busan, no sul do país. Ele se especializou em deformidades faciais e
começou a fazer cirurgias de mudança de sexo em 1986, após ser procurado
por vários pacientes homens usando roupas de mulher, que pediram que
ele construísse vaginas para eles.
Protestante, o médico diz que inicialmente se questionou se deveria
realmente fazer esse tipo de procedimento. Seu pastor foi contra. Amigos
e colegas de trabalho brincaram que ele iria para o inferno.
"Decidi desafiar a vontade de Deus", diz Kim, de 61 anos, em uma
entrevista logo antes de operar um monge budista que nasceu mulher, mas
toma hormônios e vive como homem há muitos anos. “No início, eu pensei
muito se deveria fazer essas operações porque pensava se estaria
desafiando a vontade de Deus.
Mas meus pacientes precisavam das
cirurgias desesperadamente. Sem isso, eles se matariam”, diz. Ele
acredita estar corrigindo o que ele chama de "erros de Deus".
Agora, Kim afirma ser um profissional realizado por ajudar pessoas que
se sentem aprisionadas no corpo errado. A cirurgia do monge, que não
quis dar entrevista, durou 11 horas. Via g1.
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