Incidência de AVC foi oito vezes maior entre aqueles diagnosticados com insônia entre 18 e 34 anos
O risco de sofrer um acidente vascular
cerebral (AVC) pode ser muito maior em pessoas com insônia, em
comparação com aquelas que não sofrem do problema, segundo uma nova
pesquisa publicada nesta quinta-feira do periódico Stroke, da Associação Americana do Coração.
Os pesquisadores constaram que o risco de sofrer AVC é maior entre pessoas que sofrem de insônia, comparadas às que não sofrem.
Esse risco também parece ser
significativamente superior quando a insônia se manifesta antes dos 34
anos, segundo os pesquisadores que revisaram dados de mais de 21 438
insones e 64 314 não insones em Taiwan.
Os cientistas descobriam que a insônia
aumentou a probabilidade de hospitalização por derrame em 54%. Além
disso, a incidência de AVC foi oito vezes maior entre aqueles
diagnosticados com insônia dos 18 aos 34 anos. A partir dos 35 anos, o
risco diminuiu progressivamente. Por fim, o diabetes também pareceu
elevar a probabilidade de derrame entre insones.
Segundo os cientistas, o risco de
derrame foi maior entre os que tinham insônia crônica do que entre os
insones intermitentes. A incidência de AVC em ambos os grupos foi mais
elevada do que entre as pessoas que se livraram da doença.
O mecanismo que relaciona a insônia ao
derrame ainda não é compreendido, mas evidências mostram que dificuldade
para dormir e manter o sono pode alterar a saúde cardiovascular por
meio de inflamação sistemática, intolerância à glicose, elevação da
pressão sanguínea e hiperatividade simpática. Fatores comportamentais
(como prática de atividade física, dieta, consumo de álcool e tabagismo)
e psicológicos como o stress influenciam essa relação.
“As pessoas não podem aceitar a insônia
como uma condição benigna, embora difícil, que não causa maiores riscos à
saúde”, diz Ya-Wen. “Elas devem procurar avaliação médica para outros
possíveis fatores de risco que podem contribuir com o derrame.”
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