O empréstimo de R$ 8 bilhões para as distribuidoras de energia - incluso em socorro de R$ 12 bilhões anunciado pelo governo em março - deve aumentar o custo da energia ao consumidor entre 8% e 9% em 2015, diz fonte do setor ouvida pela Agência Estado.
Esse porcentual considera apenas o valor do financiamento para o
pagamento da compra de energia no mercado de curto prazo e gerada por
termelétricas.
Com esse ajuste, o custo do
megawatt-hora, atualmente de R$ 250, em média, subiria para R$ 275. E
pode ficar maior se o custo da energia no mercado continuar elevado. A
estimativa do governo para o valor do financiamento às distribuidoras
considera um custo de R$ 470 por MWh. Atualmente, o valor está em R$
822.
Outro reajuste que deve começar a chegar
ao consumidor em 2015 é o referente aos aportes do Tesouro à Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) para a compra da energia gerada por
térmicas e comprada no mercado de curto prazo em 2013.
No ano passado, o valor foi de R$ 9,8
bilhões. Mais R$ 4 bilhões serão aportados neste ano. Essa parcela, de
R$ 13,8 bilhões, resultaria em um reajuste em torno de 14%, que será
parcelado entre 2015 e 2018.
Além desses reajustes represados de 2013
e 2014, a conta de luz subirá devido ao reajuste tarifário regulamentar
anual de 2015. Esse valor só será definido pela Aneel no próximo ano.
Para evitar que o impacto de tantos
reajustes chegue ao consumidor, o governo conta com o fim da concessão
das usinas mais antigas. Elas devem ser licitadas para um novo operador
em 2015. A tarifa cobrada pelas concessionárias por essa energia, de R$
110, cairá para R$ 30. O governo avalia que isso deve rebater parte
desse aumento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário