sábado, março 14, 2015

Dois pedidos de impeachment de Dilma já tramitam em Brasília.

Às vésperas das manifestações que prometem levar milhares às ruas do País para protestar contra o governo e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a petista já tem dois pedidos de impeachment abertos contra ela. Um vindo da sociedade civil, assinado por Walter Marcelo dos Santos, e outro do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), apresentado na quarta-feira, 11.

Outros 17 pedidos já foram apresentados contra ela desde que assumiu o cargo, em 2011. Todos foram arquivados. O número total é maior que o registrado nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, que ficou no poder de 1995 a 2002, e teve registrados contra ele 17 pedidos. Mas a petista está ainda bem atrás do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que com o boom durante o período das denúncias do mensalão, chegou a 34 pedidos nos seus dois mandatos – de 2003 a 2010.

Logo no primeiro item de considerações do pedido de impeachment que protocolou, Bolsonaro já faz uma deferência à ditadura militar. “A história recente da democracia brasileira, garantida durante a necessária intervenção dos governos militares e mantida pelo livre exercício político dos representantes eleitos do povo, registra a destituição de um mandatário do Poder Executivo por crime de responsabilidade.”

Na sequência ele apresenta itens de argumentação de que o caso Collor tinha menor gravidade que a situação de Dilma, acusando-a de “evidente estelionato eleitoral e recorrentes atos de improbidade administrativa”. O pedido diz ainda que a presidente está vinculada ao partido que está há 12 anos no poder com a “compra da fidelidade de aliados” no Legislativo e com “programas sociais que escravizam e corrompem o eleitor”. Bolsonaro acusa a presidente Dilma de incompetência e leniência ao permitir a “malversação de recursos públicos” no escândalo de corrupção da Petrobrás.

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