Às vésperas das manifestações que prometem levar milhares às ruas do
País para protestar contra o governo e pedir o impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT), a petista já tem dois pedidos de impeachment
abertos contra ela. Um vindo da sociedade civil, assinado por Walter
Marcelo dos Santos, e outro do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ),
apresentado na quarta-feira, 11.
Outros 17 pedidos já foram apresentados contra ela desde que assumiu o
cargo, em 2011. Todos foram arquivados. O número total é maior que o
registrado nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, que ficou no
poder de 1995 a 2002, e teve registrados contra ele 17 pedidos. Mas a
petista está ainda bem atrás do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da
Silva, que com o boom durante o período das denúncias do mensalão,
chegou a 34 pedidos nos seus dois mandatos – de 2003 a 2010.
Logo no primeiro item de considerações do pedido de impeachment que
protocolou, Bolsonaro já faz uma deferência à ditadura militar. “A
história recente da democracia brasileira, garantida durante a
necessária intervenção dos governos militares e mantida pelo livre
exercício político dos representantes eleitos do povo, registra a
destituição de um mandatário do Poder Executivo por crime de
responsabilidade.”
Na sequência ele apresenta itens de argumentação de que o caso Collor
tinha menor gravidade que a situação de Dilma, acusando-a de “evidente
estelionato eleitoral e recorrentes atos de improbidade administrativa”.
O pedido diz ainda que a presidente está vinculada ao partido que está
há 12 anos no poder com a “compra da fidelidade de aliados” no
Legislativo e com “programas sociais que escravizam e corrompem o
eleitor”. Bolsonaro acusa a presidente Dilma de incompetência e
leniência ao permitir a “malversação de recursos públicos” no escândalo
de corrupção da Petrobrás.
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