A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária publicou ontem (11) o registro do medicamento Olysio
(simeprevir sódico), remédio oral usado no tratamento da hepatite C. No
ano passado, o Ministério da Saúde pediu prioridade para a avaliação de
três medicamentos para a doença, este é o segundo registrado da lista.
O registro é o documento que permite a
comercialização de um medicamento no país. O daclatasvir teve seu pedido
concedido em janeiro. Falta ainda o sofosbuvir. Segundo o Ministério da
Saúde, o índice de cura da doença com o uso destes medicamentos chega a
90%. Despois de registrados, o remédios passarão por avaliação da
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de
Saúde (SUS) para que possam ser distribuídos na rede pública.
Além de ter índice de cura maior do que
os remédios atualmente usados no país, o novo medicamento também reduz o
período de tratamento de 48 para 12 semanas. Outra vantagem apontada
pelo Ministério da Saúde é que o Olysio é de uso oral e não injetável, o
que facilita a posologia.
De acordo com o Grupo Otimismo de Apoio
ao Portador de Hepatite, os remédios injetáveis usados atualmente causam
problemas colaterais graves à saúde do paciente que, muitas vezes, pode
ser obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos. Além disso,
o índice de cura dos tratamentos disponíveis não ultrapassa 70%.
No Brasil, a prevalência de hepatite C
na população é em torno de 1,4% a 1,7%, principalmente entre os maiores
de 45 anos. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, atualmente
15,8 mil pessoas estão em tratamento da doença pelo SUS.
A hepatite C é causada pelo vírus C
(HCV). A transmissão ocorre, principalmente, por meio de transfusão de
sangue, compartilhamento de material para uso de drogas, objetos de
higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha e
outros objetos que furam ou cortam, na confecção de tatuagem e colocação
de piercings.
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