O volume de água do Sistema Cantareira, que abastece cerca de 6 5
milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, apresentou viés
de alta nesta quarta-feira (11), atingindo a marca de 13,7% de sua
capacidade de reservação. Desta forma, o reservatório passa a ter
praticamente a mesma quantidade de água de quando a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) acrescentou a segunda
cota de volume morto ao cálculo, em 24 de outubro de 2014.
Naquela época, o governo do Estado
anunciou que 105 bilhões de litros da chamada segunda “reserva técnica”
haviam sido adicionados ao manancial, que, então, contava com apenas 3%
de sua cota normal. Isso fez a reservação atingir 13,6%.
Os dados da Sabesp indicam que entre
terça-feira, 10, e quarta-feira a pluviometria acumulada da região do
Cantareira foi de 26,6 milímetros, o que corresponde a quase 20% de toda
a chuva esperada para março, que é de 178 mm. Até agora, já choveu
127,1 mm na área.
Todos os outros cinco grandes sistemas
de abastecimento hídrico da Grande São Paulo também tiveram alta. O
Guarapiranga, que passou de 70,4% de sua capacidade de reserva para
71,6% no período, foi o que mais cresceu. Em seguida, está o Alto Cotia,
que elevou-se para 52,3%. Na terça-feira, o volume era de 51,4%.
Os Sistemas Alto Tietê e Rio Grande
tiveram acréscimo de 0,3 ponto porcentual de água entre um dia e outro,
subindo, respectivamente, de 19,9% para 20,2%, e de 92,4% para 92,7%. Já
o Sistema Rio Claro aumentou 0,2 ponto porcentual, atingindo o patamar
de 39,8%.
Apesar do aumento da quantidade de água
acumulada nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana, a
crise hídrica ainda está longe do fim. A situação pode se agravar após o
fim de março, quando a quantidade de chuvas deve diminuir
consideravelmente na região.
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