O governador Robinson Faria recebeu
nesta quarta-feira (01) em audiência, representantes do Tribunal de
Justiça (TJ) para tratar da devolução dos policiais militares cedidos
àquela instituição. A audiência foi motivada após medida do Governo que
através de decreto, no dia 24 de junho, solicitou aos demais Poderes a
devolução de integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
cedidos.
Participaram da audiência o presidente
do TJ, desembargador Cláudio Santos; a desembargadora Zeneide Bezerra; o
corregedor da Justiça, Saraiva Sobrinho; o presidente da Associação dos
Magistrados, Cleofas Coelho; o juiz Gustavo Marinho e o secretário
adjunto da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed),
Caio César Marques Bezerra.
O desembargador Cláudio Santos afirmou
que é intenção do Tribunal de Justiça “convergir” com o Poder Executivo
no que diz respeito às medidas de segurança pública. “O Poder Judiciário
comunga com a preocupação (do Governo) com a segurança pública. Não
viemos aqui para descumprir decreto”, disse ele. Entretanto, apresentou
alguns pleitos e justificativas ao chefe do Executivo, informando-o que
dentro de aproximadamente dez dias deverá entregar formalmente um Plano
de Devolução dos Policiais Militares cedidos ao TJ para que seja
apreciado pelo governador.
“Não podemos fazer a devolução total de
uma hora para outra”, insistiu ele. Dentre as justificativas dos
magistrados presentes, destaca-se a segurança de alguns juízes,
sobretudo aqueles que trabalham na Câmara Criminal.
O governador ouviu a todos atentamente e
encerrou a audiência informando que irá apreciar o Plano de Devolução e
que o mais importante é que todos se coloquem como partícipes do
Estado. “O Estado somos nós. Infelizmente estamos vivendo momentos
difíceis na questão da segurança pública. Se perguntarmos a 90% da
população, do mais rico ao mais carente, todos vão responder que a
segurança pública é a maior preocupação. Temos um déficit de 40% do
efetivo da PM e de 70% da Polícia Civil. Precisamos de homens nas ruas.
Vou aguardar o documento, avaliar o plano, para chegarmos a um ponto de
equilíbrio”, disse o governador Robinson Faria.
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