Milhares de pessoas se reúnem neste
momento na Praça Syntagma, no centro de Atenas, na chuva, para
manifestar apoio à permanência da Grécia na zona do euro. A marcha,
organizada por partidos de oposição e entidades de comércio e indústria,
acontece menos de cinco dias antes do referendo que decidirá se a
Grécia aceita as condições impostas pelos credores (União Europeia,
Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para um acordo
sobre a dívida grega.
Um dos organizadores da manifestação, o
chefe da Câmara de Comércio e Indústria de Atenas, Konstantinos
Michalos, disse que as medidas fiscais demandadas pelos credores são
duras, mas são conhecidas e podem ser negociadas. “A alternativa a elas é
a catástrofe”, enfatizou ele, se referindo à saída da zona do euro e ao
retorno à moeda local, o dracma. Os manifestantes pedem que os gregos,
que vão às urnas no próximo domingo, votem sim à Europa e ao euro, para
que as negociações com os líderes da Europa e do FMI sejam retomadas.
O ministro confirmou que a Grécia não
deve realizar o reembolso de 1,6 bilhão de euros ao FMI, cujo prazo
vence hoje. Também hoje expira o programa de ajuda financeira ao governo
grego, que ainda acredita num acordo de última hora. Mais cedo, em um
documento dirigido ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira, a
Grécia pediu à União Europeia um novo acordo de financiamento de dois
anos para salvar o país da crise.
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