No tempero da salada, na batatinha frita ou mesmo na carne. Em Belo
Horizonte uma lei municipal proíbe a exposição de sal nas mesas e
balcões de bares e restaurantes. Agora, para usar o condimento na
capital mineira, o cliente que quiser deixar a comida um pouco mais
salgada precisará pedir aos funcionários do estabelecimento. A medida é
uma tentativa de reduzir o número de casos de problemas de saúde
causados pelo uso em excesso de sal, como doenças cardiovasculares.
Quem tem o hábito de comer fora de casa em BH recebeu mais um aliado na
luta contra doenças causadas pelo consumo excessivo de sal. É que uma
lei sancionada pelo prefeito Márcio Lacerda proibiu que os
estabelecimentos que comercializam alimentos preparados para consumo de
deixarem os saleiros à disposição do cliente. Nem mesmo aqueles pequenos
sachês podem ficar à mostra.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o consumo máximo diário de
sal por pessoa é de menos de cinco gramas. No entanto,um levantamento
do IBGE revelou que a quantidade consumida pelo brasileiro é, em média,
mais do que o dobro do recomendado e chega a 12 gramas.
Em outro estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, a Escola de
Economia de Londres e um instituto sueco aumentou o temor em torno do
sal e mostrou que até 2025 o Brasil pode ter 80% a mais de hipertensos.
Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) do Ministério da Saúde revelam
que 22,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico de hipertensão.
Um acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das
Indústrias de Alimentação iniciado ainda em 2011 ajudou a reduzir a
quantidade diária de sal ingerida pela população. Até junho deste ano o
MS estima que quase 15 mil toneladas de sal deixaram de ser consumidas
nos alimentos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia o sódio presente no sal
de cozinha é responsável pela regulação de líquidos nas células.
Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais são as
ocorrências mais comuns.
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