O presidente do Superior Tribunal de
Justiça Desportiva do Futebol (STJD), Ronaldo Botelho Piacente, rejeitou
na tarde desta quarta o pedido do Figueirense para impugnar a partida
diante do Palmeiras, disputada no último domingo e válida pela 31.ª
rodada do Campeonato Brasileiro. Com a decisão, o caso foi arquivado.
No despacho, Piacente considerou que não houve erro de direito –
necessário para anular uma partida -, mas sim erro de interpretação da
arbitragem. O presidente do tribunal analisou a prova de vídeo
encaminhada pela Figueirense e considerou que ela “deixa evidente que o
árbitro da partida e seu assistente não interpretaram nenhuma
irregularidade no arremesso lateral em questão, interpretando a jogada
como normal, o que per se, afasta dolo ou intenção do árbitro em violar a
regra 15 do Futebol”.
O Figueirense havia entrado com pedido de anulação na terça-feira. O
time catarinense apontava erros da arbitragem na partida realizada em
Florianópolis para justificar o pedido. A partida foi marcada por
seguidos erros de arbitragem, a favor das duas equipes. No saldo final, o
time catarinense alegou ter sido mais prejudicado, com falhas em três
lances decisivos da partida, incluindo cobrança de lateral que originou
um dos gols do rival paulista.
Ao fim da partida, o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger,
atacou a arbitragem de Igor Junio Benevenuto. “O futebol brasileiro está
vergonhoso. Não tem credibilidade nenhuma. O árbitro veio predestinado.
O campeonato está manchado Saímos daqui com cara de palhaço. Reclamamos
de 14 lances nos últimos 19 jogos com a CBF. Em nove a comissão de
arbitragem nos deu razão. Primeira vez que eu venho a público falar de
arbitragem. Achava que o caminho era fazer um documento, ir conversar na
CBF, mas realmente não adianta nada”, criticou.
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