Nos corredores do QG da Lava Jato, em
Curitiba, um dos investigados é conhecido pela alcunha de “Sheik”.
Trata-se do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), ex-ministro,
ex-presidente da Câmara (2013-2014) e um dos principais interlocutores
do presidente Michel Temer. Dono de 11 mandatos consecutivos como
deputado federal, e reconhecido como hábil articulador, Henrique Alves
já foi um dos políticos mais poderosos do País. Em junho de 2013 chegou a
ocupar a Presidência da República, na ausência de Dilma Rousseff e
Temer (CLIQUE AQUI e acesse a matéria completa na IstoÉ).
Com certeza teria lugar de destaque no
governo não fossem as descobertas feitas pela Lava Jato, que em junho
passado encontrou sua conta não declarada na Suíça. A existência da
conta confirmou delação premiada feita por diretores da Carioca
Engenharia, que apontam Alves como destinatário de propinas do Petrolão.
A denúncia fez com que o peemedebista
perdesse o cargo de ministro do Turismo. Agora, documentos obtidos por
ISTOÉ não só confirmam a existência da conta na Suíça, como mostram a
milionária movimentação feita por Alves no exterior e revelam a trama
urdida pelo ex-ministro para tentar esconder o dinheiro mesmo depois de
estar na alça de mira da Lava Jato, o que, segundo procuradores, pode
caracterizar crime de obstrução de Justiça.
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