A Folha de São Paulo publica nesta quinta-feira matéria, em inglês, dos
correspondentes Landro Machado e Avener Prado, que trás novas
revelações sobre a construção do presídio de Alcaçuz, nas dunas de Nízia
Floresta.
A reportagem, intitulda “Prisão construída em areia no Rio Grande do
Norte, ideal para escapar e esconder armas”, diz que a unidade prisional
foi baseada em uma tese elaborada por dois estudantes de arquitetura da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte e que o projeto original
previa erguer um presídio não em Alcaçuz, “mas sim nas terras rochosas
da cidade de Macaíba – que fica a 14 km de Natal”.
O texto acrescenta ainda que “a forma como a prisão foi construída
permitiu prisioneiros para esconder armas e escavar túneis de escape
através da areia”.
Os correspondentes ouviram ainda as duas arquitetas de Alcaçuz – uma
delas, Rosanne Azevedo de Albuquerque, 50 anos, atualmente professora
universitária, reconhece que a prisão tem várias falha, mas que essas
falhas não dizem respeito às dunas.
Ela denuncia que “vários requisitos de segurança foram ignorados, como fundações sólidas e paredes reforçadas”.
O projeto pedia pisos de concreto grosso e barras de ferro, os quais não foram implementados.
Por ocasião da conclusão da obra de Alcaçuz, nem a arquiteta Rosanne
Azevedo, nem a colega que participou do projeto, Lavínia Negreiros,
foram convidadas para a inauguração, em 1998.
Um detalhe dos mistérios que cercam a construção de Alcaçuz chama a
atenção: as arquitetas Rosanne Azevedo e Lavínia Negreiros só foram
autorizadas a visitar o canteiro de obras no início.
Nenhum comentário:
Postar um comentário