O consumidor brasileiro está mais
otimista neste início de ano. Em janeiro, o Índice Nacional de
Expectativa do Consumidor (Inec), da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), atingiu 103,8 pontos, um aumento de 3,5% em relação a dezembro e
5,3% na comparação com janeiro. Ainda assim, o indicador está 4,5%
abaixo da média histórica.
“A maioria dos índices que compõem o Inec
registra crescimento na comparação mensal. A principal razão da melhora
do índice é o maior otimismo dos consumidores com relação à evolução
futura do emprego, dos preços e da renda”, destaca a entidade.
As expectativas em relação à inflação
melhoraram – o número de entrevistados que esperam queda nos preços
subiu 8,1% em relação a novembro e 15,4% na comparação com janeiro. O
grupo dos que esperam queda no desemprego subiu 8,3% e 11% nas duas
comparações. As expectativas em relação à renda pessoal são melhores
para 7,5% em relação a dezembro e 8,7% em relação a janeiro.
Também há uma previsão de melhora em
relação à situação financeira (+2,7% na comparação com dezembro) e ao
endividamento (+ 3,5%).
O único índice que registrou queda foi o
de compras de bens de maior valor, que recuou 2,6% em relação a dezembro
e 4,5% na comparação com janeiro.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo,
a reação das expectativas de compra de maior valor depende da melhoria
dos outros indicadores. “As compras de maior valor exigem financiamentos
e, consequentemente, comprometimento de parte da renda por mais tempo.
Por isso, a disposição dos consumidores vai melhorar na medida em que as
pessoas se sentirem mais seguras com o emprego e com as condições
financeiras”, afirma Azevedo, em nota.
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