A comunidade de Cunhaú, no município de
Canguaretama, acolhe, neste domingo, 16, a Romaria Arquidiocesana dos
Mártires. Nesta data também são lembrados os 372 anos do morticínio de
Cunhaú. A programação iniciará às 7h, com o 5º Mart Bike, saindo de
Canguaretama para a capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú; às
9h, no Santuário Chama de Amor, haverá momento de louvor e atendimento
de confissões; às 10h, recitação do terço e missa; às 12h, bênção do
Santíssimo Sacramento; às 15h, no campo dos Mártires, show com Padre
Nunes, e, às 17h, missa solene, presidida pelo Arcebispo Metropolitano,
Dom Jaime Vieira Rocha.
A romaria é em preparação para a
canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, padroeiros do Rio Grande do
Norte. No dia 15 de outubro próximo, o Brasil vai ganhar seus primeiros
santos mártires, com a canonização dos beatos André de Soveral e
Ambrósio Francisco Ferro, padres, e Mateus Moreira, leigo, juntamente
com os seus 27 companheiros.
Martírio de Cunhaú
Os morticínios aconteceram no ano de
1645. O primeiro deles, no dia 16 de julho daquele ano, aconteceu nas
terras do Cunhaú, no município de Canguaretama, na capela de Nossa
Senhora das Candeias, durante a celebração de uma missa.
Segundo relatos históricos, o padre André
de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200
soldados holandeses e índios potiguares. Por seguirem a religião
católica, tiveram que pagar com a própria vida o preço da fé, por causa
da intolerância calvinista dos invasores. De acordo com o padre José
Pereira Neto, administrador paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da
Conceição, em Canguaretama, e membro da comissão arquidiocesana dos
mártires, a capela de Nossa Senhora das Candeias era uma paróquia, na
época, tendo como pároco, o padre André. “O padre André era natural de
São Vicente, em São Paulo. Por um tempo da sua vida foi jesuíta e já
estava aqui como padre diocesano, pároco da Paróquia de Nossa Senhora
das Candeias. O engenho Cunhaú era o grande centro econômico do Estado e
aqui se tinha essa estrutura religiosa”, conta.
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