A suspensão da Venezuela no Mercosul será um dos temas em discussão
na 50ª Cúpula de Chefes de Estado que compõem o bloco, na próxima
quinta-feira (21), em Mendoza, na Argentina. Apesar dos debates, o país,
afastado em dezembro do ano passado, ainda não deve retornar ao
Mercosul.
“A suspensão foi por descumprimento [de normas do
bloco], não há perspectivas de cumprimento em curto prazo e as medidas
que a Venezuela precisa tomar requerem aprovação do Congresso
venezuelano e dado o mau relacionamento entre o Executivo e o Congresso,
isso certamente não ocorrerá em um curto prazo”, disse. Segundo o
subsecretário-geral da América Latina e do Caribe do Ministério das
Relações Exteriores, o embaixador Paulo Estivallet de Mesquita.
Questionado
se a Venezuela poderia ser excluído permanentemente do bloco, o
embaixador ressaltou que o afastamento do país segue as normas do
Protocolo de Ushuaia, firmado em 1998 pelos países membros e a punição
ainda não deve ser radical. “Isso tem o seu caminho de procedimento a
ser cumprido. Decisões serão tomadas mais adiante. Não há nenhum
espírito de exclusão, é um país que, realmente cumpridos os requisitos,
volte para o Mercosul”, disse Mesquita.
Segundo o embaixador brasileiro, a Venezuela “continua sendo, do ponto de vista político, uma questão de prioridade”.
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