O governo dos Estados Unidos abriu nesta segunda-feira (19) um prazo
para que as empresas estrangeiras busquem isenções das tarifas sobre aço
e alumínio, a polêmica medida anunciada pelo presidente Donald Trump
para proteger a "indústria doméstica". A informação éda Agência EFE.
Trump
assinou em 8 de março a lei para impor uma tarifa de 25% às importações
de aço e de 10% às de alumínio, mas isentou Canadá e México, com os
quais os EUA atualmente renegocia o Tratado Norte-Americano de Livre
Comércio (NAFTA), e abriu essa possibilidade a outros países.
"Estes
procedimentos permitirão que o governo afine estas tarifas para
assegurar que protejam a segurança nacional e minimizem o impacto
indevido sobre as indústrias americanas", afirmou Wilbur Ross,
secretário de Comércio, em comunicado.
A previsão era que as
tarifas começassem a ser aplicadas a partir de sexta-feira, dia 23 de
março, duas semanas depois da promulgação por parte de Trump. O processo
de apresentação de solicitações para conseguir a isenção levará até 90
dias.
A decisão do governo americano provocou uma enorme
repercussão internacional diante do temor que desencadeie uma guerra
comercial.
A União Europeia (UE) criticou as medidas
protecionistas e afirmou que poderia aplicar decisões similares a
produtos americanos como resposta às tarifas ao aço e ao alumínio.
Pouco
depois da assinatura, Trump advertiu à UE que se prepare para as
tarifas, e afirmou que se Bruxelas tomar represálias se encarregará de
ampliar as tarifas a outros produtos europeus.
Na terça-feira
viajará para Washington Cecilia Malmström, a comissária europeia de
Comércio, para debater com funcionários do governo americano, entre eles
o secretário Ross, a possibilidade de isenções para o aço e o alumínio.
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