Invicto em clássicos e na Libertadores, o Timão teve uma de suas
melhores atuações na temporada diante do Bragantino, na última
quinta-feira, quando dominou o adversário e venceu por 2 a 0.
Foram 508 passes certos, 24 finalizações, 65% de posse de bola e um
repertório ofensivo que chamou a atenção. Mesmo muito bem marcada, a
equipe não se desesperou ou recorreu a chuveirinhos. Teve chutes de
média e longa distância, infiltração dos volantes, ultrapassagens dos
laterais e diversas triangulações.
O torcedor de outro time ou o corintiano mais crítico fará a ponderação
de que o Bragantino é limitado e não pode ser parâmetro. Mas a
variedade de jogadas de ataque já havia sido vista diante de Santos,
Palmeiras...
Aliás, assim como foi no Dérbi, Carille não teve medo de mexer no
Corinthians antes de uma partida importante. Se diante do rival
alviverde ele teve sucesso ao escalar a equipe sem centroavante, contra o
Bragantino o treinador optou por voltar ao 4-2-3-1 e viu a ousadia ser
coroada novamente.
Para dar maior estatura ao Timão e velocidade pelos lados, ele não só
alterou o esquema tático como também trocou três peças: saíram Gabriel,
Romero e Emerson Sheik e entraram Ralf, Mateus Vital e Júnior Dutra.
Com os volantes participando muito do jogo e intensa movimentação pelas
beiradas, o Corinthians envolveu o Bragantino do início ao fim.
Os gols que garantiram a classificação à semi mostram que organização é
importante não apenas para defender, mas também para atacar. Parecidas,
as duas jogadas são estudadas em vídeos e ensaiadas em campo: atrair o
rival por um lado e virar o jogo rapidamente, abrindo um corredor para a
infiltração na área adversária.
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