Mudanças em diferentes sistemas do
organismo podem ter um único motivo: a alteração na produção dos
hormônios da tireoide. A pequena glândula, com aproximadamente 13
gramas, localizada entre o pescoço e a região torácica, tem papel
fundamental nos processos fisiológicos de todo o corpo.
A falta ou o excesso de produção da
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), os dois hormônios produzidos pela
tireoide, são fatores do desenvolvimento do hipotireoidismo e
hipertireoidismo, respectivamente. De acordo com a endocrinologista do
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Vivian Estefan, as causas mais
frequentes para esses problemas são hereditárias e genéticas.
Sinais claros e opostos caracterizam as
doenças, no caso do hipotireoidismo, a falta de produção dos hormônios
tende a diminuir o ritmo do metabolismo. Por isso, sonolência, desânimo e
lentidão são algumas características detectadas. Ainda de acordo com a
endocrinologista, sintomas em outros sistemas do corpo também podem
acontecer.
“O paciente apresenta intolerância ao
frio, desaceleração dos batimentos cardíacos e ganho de peso, pois o
metabolismo fica mais lento. Além disso, pode ocorrer interferência na
digestão, deixando-a mais demorada”, salienta.
No caso da produção em excesso dos
hormônios, o hipertireoidismo, há uma aceleração do metabolismo. Nesta
situação, os indícios são de nervosismo, insônia, impaciência,
transpiração excessiva e digestão rápida, podendo ocorrer diarreia.
Vivian Estefan alerta que essa rapidez do
metabolismo acarreta, em alguns casos, consequências mais graves, como a
taquicardia e arritmias. “O perigo do hipertireoidismo está no fato
provocar uma parada cardíaca súbita. No hipotireoidismo a mesma situação
pode levar ao coma, porém este é um processo mais lento e gradual”,
complementa a médica.
O tratamento difere de acordo com o
diagnóstico. Para os pacientes com falta de hormônios, é necessária a
reposição hormonal. Já para quem sofre com o excesso da produção, a
endocrinologista explica que podem ser três opções. “O hipertireoidismo é
controlado por meio de medicamento de forma oral, uso de iodo
radioativo e, em casos especiais, cirurgia”, finaliza.
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