O juiz Luís Gustavo Vasques, titular da Vara Criminal de Queimados do
Tribunal de Justiça, na Baixada Fluminense, decretou nesta terça-feira
(31) a prisão preventiva da falsa médica Mariana Batista de Miranda, de
34 anos, que realizava implantes com silicone industrial na casa dos
pacientes.
No dia 16 de março deste ano, ela fez uma cirurgia estética que levou a paciente Fátima Santos de Oliveira, de 44 anos, à morte após ser internada no Hospital Federal do Andaraí por complicações causadas pela aplicação de substância metacril nas nádegas.
No dia 16 de março deste ano, ela fez uma cirurgia estética que levou a paciente Fátima Santos de Oliveira, de 44 anos, à morte após ser internada no Hospital Federal do Andaraí por complicações causadas pela aplicação de substância metacril nas nádegas.
Mariana foi presa ontem (30), em uma ação conjunta de policiais da
Delegacia de Queimados e do Ministério Público do Rio e indiciada por
homicídio doloso e exercício ilegal da medicina. Mariana é estudante de
um curso técnico de enfermagem e fazia preenchimento de glúteos, ao
preço de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Em depoimento na polícia, a falsa médica
disse que apreendeu a fazer a aplicação de metacril com uma travesti
que morava no Complexo do Chapadão, zona norte do Rio.
Fátima de Oliveira tinha feito uma aplicação de meio litro de
metacril nas nádegas em fevereiro deste ano, mas não ficou satisfeita
com o resultado e procurou a falsa médica para um novo preenchimento.
Desta vez, Mariana aplicou um litro do silicone industrial. A partir daí
começaram as complicações do pós-operatório. Fátima de Oliveira passou
mal, teve fortes dores e calafrios e foi internada no Hospital da Posse,
em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De lá, foi transferida para o
Hospital Federal do Andaraí, no Rio, onde morreu no dia 8 de abril,
vítima de complicações da aplicação do silicone industrial, de acordo
com o laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML).
De acordo com a decisão do juiz Luís Gustavo Vasques, a acusada
assumiu os riscos de sua prática indevida, atentando diretamente contra a
vida alheia. Segundo o juiz, Mariana foi identificada a partir das
declarações das testemunhas e por imagens do celular da vítima. "A
prisão foi decretada porque há risco de reiteração da prática delituosa
gravíssima”, disse o juiz.
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