segunda-feira, julho 01, 2019

Procurador suspeito de receber propina em obra do metrô é preso no Rio.

Em um desdobramento da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã de hoje (1º) um mandado de prisão temporária contra o procurador do estado Renan Saad. Ele é suspeito de receber mais de R$ 1 milhão em propina para dar parecer de interesse do Consórcio Rio Barra, responsável pela obra da Linha 4 do metrô da capital fluminense, que liga a zona sul à Barra da Tijuca, na zona oeste.

Diferente do procurador de Justiça, que é vinculado ao Ministério Público estadual, o procurador do estado é uma carreira da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ), que é vinculada ao gabinete do governador. A PGE-RJ é responsável pela advocacia do estado. Entre suas atribuições, ela deve representar o estado em audiências judiciais e prestar consultoria jurídica ao poder executivo.

De acordo com as investigações, Saad assinou parecer que avalizou um novo traçado da Linha 4 do metrô. Segundo a PF, a alteração "beneficiaria a organização criminosa vinculada ao ex-governador Sérgio Cabral". Preso há cerca de 2 anos e sete meses, Cabral já possui nove condenações em processos que se desdobraram da Lava-Jato. Suas penas somam mais de 197 anos de prisão.

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