Em um desdobramento da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, a
Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã de hoje (1º) um mandado de prisão
temporária contra o procurador do estado Renan Saad. Ele é suspeito de
receber mais de R$ 1 milhão em propina para dar parecer de interesse do
Consórcio Rio Barra, responsável pela obra da Linha 4 do metrô da
capital fluminense, que liga a zona sul à Barra da Tijuca, na zona
oeste.
Diferente do procurador de Justiça, que é vinculado ao Ministério
Público estadual, o procurador do estado é uma carreira da
Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ), que é vinculada ao gabinete do
governador. A PGE-RJ é responsável pela advocacia do estado. Entre suas
atribuições, ela deve representar o estado em audiências judiciais e
prestar consultoria jurídica ao poder executivo.
De acordo com as investigações, Saad assinou parecer que avalizou um
novo traçado da Linha 4 do metrô. Segundo a PF, a alteração
"beneficiaria a organização criminosa vinculada ao ex-governador Sérgio
Cabral". Preso há cerca de 2 anos e sete meses, Cabral já possui nove
condenações em processos que se desdobraram da Lava-Jato. Suas penas
somam mais de 197 anos de prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário