Quase cinco meses após a eleição da Mesa Diretora do Senado o corregedor da Casa, senador Roberto Rocha (PSDB-MA) decidiu arquivar
a investigação aberta para analisar suposta fraude na eleição para a
presidência da Casa, em fevereiro. À época a primeira votação foi
anulada depois que 82 cédulas foram apuradas na urna, uma a mais que o total de 81 senadores.
Em decisão publicada no Diário do Senado no dia 22 de junho,
Rocha conclui que pela análise das imagens de Tvs e câmeras de
segurança analisadas não foi possível concluir, de forma categórica, o
momento em que se deu a suposta fraude e nem identificar quem teria
praticado o respectivo ato.
“Sendo assim, muito embora as imagens pudessem sugerir com mais
ênfase a participação de algum senador, penso que a gravidade da pena,
que poderia chegar até à cassação do mandato, nos impõe exigência de
mais do que uma leve suspeita, mas de uma certeza plena da ocorrência do
dolo, estando em jogo o valor máximo da democracia que é a soberania do
voto popular, expresso pela vontade dos eleitores. As imagens, no
entanto, são inconclusivas para determinar, com certeza além da dúvida
razoável, a autoria e o animus do gesto”,justifica o corregedor no
despacho.
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