O aumento desregrado do uso de lenha nas casas trará consequências
negativas tanto para a saúde quanto para o meio ambiente do país. Esse é
um dos alertas do estudo desenvolvido pela professora Adriana Gioda, do
Departamento de Química do Centro Técnico Científico da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC–Rio).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgados em maio deste ano mostraram que 14 milhões de lares usavam
lenha ou carvão para cozinhar alimentos em 2018, aumento de 3 milhões em
comparação a 2016. “Aumentou muito nos últimos dois anos”, comenta a
professora.
Segundo Adriana Gioda, a expansão do uso da lenha no preparo de
alimentos no Brasil está relacionada ao aumento do preço do botijão de
gás liquefeito de petróleo (GLP). “Isso é muito visto, principalmente
nas regiões mais pobres. No Nordeste, o aumento do uso de lenha é muito
maior do que nas outras regiões”, diz. Conforme a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP), a queda de 1% no consumo
de GLP, de 2017 para 2018, significou 13,2 bilhões de litros consumidos a
menos em todo o Brasil.
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